Acordos longos fechados por Santos e São Paulo mostram que a “degustação” é necessária para gerar confiança
Tão logo um patrocínio pontual é anunciado, torcedores correm para
nossas redes sociais embarcando na máxima de que esses acordos, tidos como de
oportunidade, apenas “prostituem” (com perdão do termo) os uniformes e
prejudicam a busca por um parceiro fixo no curto/médio prazo. Será que a
generalização é válida?
Temos dois exemplos recentes no nosso futebol de que estes contratos
serviram como experiência e resultaram em acordos longos, de duas temporadas,
como manda a cartilha de efetividade do patrocínio no esporte.
O Grupo Algar,
que patrocinou o Santos de maneira pontual nas semifinais e finais da Copa do
Brasil 2015 e em alguns jogos do Campeonato Brasileiro, concretizou este ano um
acordo com o Peixe até 2017. Outro exemplo é o da Joli, que após aproveitar a exposição de algumas
partidas com o São Paulo, fechou um contrato de um ano em
dezembro de 2015. Mas apenas um ano? Bom, a empresa anunciou nesta semana
que seguirá na barra traseira da camisa Tricolor até 2018. Ações nas redes
sociais e nos camarotes do Morumbi fazem parte do escopo de ativação da
parceria.
Pontual -> Exposição ->
Relacionamento -> Experiência satisfatória -> Manutenção. Sim,
sabemos que 99% das empresas não criam um laço efetivo com o clube (muito menos
com o torcedor) e deixam o futebol satisfeitas ao alcançar a segunda etapa do
processo.
Antes de criticar estes acordos efêmeros, que para nossos clubes servem
meramente para tapar buracos, é necessário ter em mente que as empresas vivem
com budgets cada vez mais limitados e “degustar”
uma plataforma é absolutamente natural para gerar confiança. Neste universo de
aperto financeiro, ser assertivo ao escolher o melhor canal de comunicação é
requisito indispensável na relação cliente/agência.
Sejamos honestos: não são os pontuais que afastam potenciais
investidores, mas uma gestão incompetente e até mesmo cenas lamentáveis que
costumamos ver em nossos estádios.
Fonte: MKT Esportivo
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